segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Líder do Clash, Joe Strummer é tema de novo documentário

Alinhar ao centro

Por Dean Goodman

LOS ANGELES - Há trinta anos, o documentarista iniciante Julien Temple recebeu um ultimato do Clash, uma das duas bandas punks de Londres que ele estava acompanhando.

"Você tem de escolher. Não pode ter tanta cobiça, cara. Você tem de escolher entre a gente e eles", disseram os membros do Clash a Temple.

Então, ele escolheu "eles" - os Sex Pistols. E acabou realizando dois filmes: "The Great Rock 'N' Roll Swindle" e "O Lixo e a Fúria". Temple também realizou videoclipes para artistas como Rolling Stones e David Bowie.

O Clash também se deu bem, tornando-se um mito do rock com sua mistura de letras políticas e estilos musicais com raízes no reggae e rockabilly. Seu terceiro álbum, "London Calling", foi considerado o melhor disco dos anos 1980 pela revista Rolling Stone, mesmo tendo sido lançado em 1979.

Temple às vezes trombava com o líder do Clash, Joe Strummer, mas não eram amigos próximos. Isso mudou há cerca de uma década, quando Strummer comprou uma casa de campo em Somerset, Inglaterra. A amizade dos sobreviventes do punk foi estimulada por terem em comum um idealismo de esquerda e origens de classe média.

Foram bons tempos, que terminaram em 22 de dezembro de 2002, quando Strummer morreu de um problema de coração que ele desconhecia, enquanto lia o jornal sentado no sofá. Ele tinha 50 anos. Temple, agora com 53 anos, foi uma das pessoas que carregou o caixão do amigo no funeral.

Agora, ele presta homenagem a Strummer no documentário "Joe Strummer: The Future is Unwritten" (Joe Strummer: o futuro não está escrito), que estréia em Nova York e Los Angeles na sexta-feira. O filme já estreou em boa parte da Europa.

FILÓSOFO EQUIVOCADO

O documentário de duas horas narra a infância privilegiada de Strummer como filho de diplomata, o suicídio de seu irmão mais velho, seus dias de hippie nos "squats" (prédios invadidos ilegalmente por comunidades alternativas) de Londres, sua ascensão à fama com o Clash, e sua luta para encontrar um propósito na vida depois que seu autoritarismo levou a banda a se separar.

A tendência de Strummer de magoar as pessoas mais próximas é um tema recorrente, assim como seu viés maquiavélico e sua ânsia pela fama. Ele foi um mulherengo, mas também um anfitrião sedutor e um pensador profundo, que sempre falou contra a injustiça.

"Eu o considero um filósofo e uma pessoa que tinha um código de vida que é muito viável", disse Temple.

De seus antigos colegas de Clash, apenas o baixista Paul Simonon recusou-se a participar do filme. O baterista Topper Headon, que batalhou longamente contra o vício em heroína, fez-se de difícil, mas finalmente contou histórias de Strummer roubando sua namorada e expulsando-o da banda.

A entrevista de Temple com o guitarrista Mick Jones começou de forma desastrosa, ainda que os dois músicos sempre tivessem se dado bem.

"Ele ficou incrivelmente desconfortável, nervoso. E aquilo me afetou, e não conseguimos falar nada por meia hora", disse Temple.

Mas eles acabaram soltando a língua e Jones falou por horas.

Strummer narra o filme, com áudio retirado de cerca de 100 entrevistas e trechos de seu programa de rádio "London Calling", da BBC World Service.

A maior parte das imagens do filme é inédita, incluindo 14 minutos de imagens em preto-e-branco da época em que o Clash foi formado. A família de Strummer também cedeu seu arquivo.

Temple disse que ficou impressionado com o número de fotos do arquivo, que continha até mesmo imagens do músico na época do colégio, onde Strummer era - segundo o próprio - um boca-suja encrenqueiro.

Quando vai estrear aqui? Se é que vai estrear...

Mas a internet nos ajuda... Ja estou baixando no emule, o problema é que não existe legenda...ainda...

2 comentários :

  1. Bah, legal mesmo, vou esperar a postagem aqui no blog pra poder conferir.

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  2. Ainda prefiro The Clash! Os Pistols nunca fizeram minha cabeça!

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