quarta-feira, 18 de junho de 2008

The Dark Side of The Rainbow ou Dark Side of Oz

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Dark Side of the Rainbow (em português, O Lado Sombrio do Arco-íris) é o nome dado ao efeito criado ao tocar o álbum conceitual do Pink Floyd The Dark Side of the Moon de 19731939 O Mágico de Oz. O efeito consiste no fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. O nome do efeito vem da combinação do título do disco (The Dark Side of the Moon seria O Lado Sombrio da Lua, uma metáfora para ilustrar os conceitos de lado negativo da mente e da vida) e da icônica canção do filme Over the Rainbow (Além do Arco-Irís).

História

Apesar de famoso, a origem do efeito é misteriosa, bem como as ocorrências que levaram à sua descoberta. Em 1994, fãs do Pink Floyd discutiram o fenômeno no grupo de discussão da Usenetalt.music.pink-floyd. Naquele ponto, já não mais se sabia de quem foi a idéia de combinar as duas obras.

Desde então, passou a ser constantemente abordado pela cultura popular. Em Agosto de 1995, um jornal em Fort Wayne, Indiana, publicou o primeiro artigo na grande mídia sobre a sincronicidade (o artigo pode ser lido na íntegra nesse site). Logo após, vários fãs começaram a criar sites aonde descreviam suas experiências, procurando catalogar os momentos de sincronia. O efeito ganhou mais notoriedade em Abril de 1997, quando um DJ de uma rádio de BostonMTV News. discutiu o fenômeno no ar, levando à mais uma série de artigos na mídia e um segmento no

Em Julho de 2000, o canal à cabo Turner Classic Movies exibiu O Mágico de Oz com Dark SideFamily Guy fazia menção ao efeito. como uma trilha-sonora opcional. Naquele mesmo mês, um episódio da segunda temporada da série animada

Várias bandas fizeram alusões ao fenômeno. Em Fevereiro de 2003, a banda de reggae Easy Star All-Star (especializada em fazer versões cover ao estilo dub) lançou um disco chamado Dub Side of the Moon, uma versão dub de Dark Side of the Moon, que alegava ter sido editado intencionalmente para ser "compatível" com O Mágico de Oz. Em Junho de 2003, a banda de rock alternativo Guster lançou um disco contendo uma canção chamada Come Downstairs & Say Hello, que abre com os versos "Dorothy moves/To click her ruby shoes/Right in tune/With Dark Side of the Moon." ("Dorothy se move/Fazendo barulho com seus sapatos cor de rubi/Conforme à melodia/de The Dark Side of the Moon"). Em Junho de 2006, a tira cômica Born Loser trazia uma piada sobre um homem que ficou com dor-de-cabeça enquanto ouvia Dark Side of the Moon enquanto assistia O Mágico de Oz.

Sincronicidade

Os fãs já conseguiram compilar mais de 100 momentos de conexão entre o filme e o disco, incluindo algumas que são obtidas quando o disco é repetido para se encaixar com o excedente do filme. Por exemplo, o verso "balanced on the biggest wave" ("balançado na maior das ondas") de Breathe é cantando enquanto Dorothy balança em cima de um muro; "who knows which is which" ("quem sabe quem é quem") de Us and Them é cantado enquanto as bruxas boa e má se confrontam; "the lunatic is on the grass" ("o lunático está na grama") de "Brain Damage" é cantado enquanto o Espantalho, cujo corpo é preenchido com grama seca, age freneticamente como um louco; e as batidas de coração ressoam enquanto Dorothy encosta seu ouvido no peito do Homem de Lata.

Esse efeito de sinergia foi descrito como um exemplo de sincronicidade, definido pelo psicanalistaCarl Jung como um fenômeno aonde eventos coincidentes "parecem relacionados mas não podem ser explicados pelos mecanismos convencionais de casualidade". Detratores negam a veracidade do efeito, afirmando que o fenômeno é o resultado de uma tendência da mente de pensar que reconhece padrões desordenados por descartar informações que não se encaixam. Psicológos se referem à essa tendência pelo nome confirmation bias. Sob essa teoria, o entusiasta de Dark Side of the Rainbow iria simplesmente se focar nos momentos coincidentes e ignorar um grande número de momentos aonde o filme e o disco não correspondem.

Acidental ou planejado?

Os membros do Pink Floyd repetidamente insistem que o fenômeno é pura coincidência. Em uma entrevista para o 25º aniversário do disco, o guitarrista e vocalista David Gilmour negou que o disco foi escrito intencionalmente para ser sincronizado com Oz, dizendo que "Algum cara com muito tempo livre teve essa idéia de combinar O Mágico de Oz com Dark Side of the Moon" [1] . Em um especial da MTV sobre o Pink Floyd em 2002, a banda negou qualquer relação entre o disco e o filme, dizendo que na época da gravação de Dark Side não havia tecnologia para reproduzir o filme no estúdio ao mesmo tempo que gravavam o álbum. Em 3 de Março de 2006, na conferência Canadian Music Week, em Toronto, o engenheiro de som do disco, Alan Parsons, afirmou para a platéia durante uma sessão de perguntas-e-respostas de que não houve nenhum esforço de integrar o disco com o filme.

O álbum ao vivo P.U.L.S.E., cujo set-list incluí Dark Side of the Moon na íntegra, traz algumas referências à sincronia. A fala masculina em Great Gig In The Sky, que originalmente dizia "I never said I was frightened of dying" ("Eu nunca disse que tinha medo de morrer"), mudou para "I never said I was frightened of Dorothy" ("Eu nunca disse que tinha medo de Dorothy"). A ilustração da capa - um disco imitando um globo ocular, com um sol sendo eclipsadoíris - trás escondida algumas imagens referentes ao filme, como uma ilustração de uma garota com sapatos vermelhos e a silhueta do Homem de Lata. Apesar de muitos acharem que essas referências fortalecem a teoria de que o efeito foi de fato planejado, a fala e as imagens podem ter sido idéia da Sony BGM, aproveitando o auge de euforia em torno do efeito na época - e provavelmente sem nenhum aval ou mesmo conhecimento do feito por parte de algum integrante da banda. substituindo a

Reproduzindo o efeito

Real ou imaginado, o efeito é geralmente criado deixando pausado um CD do álbum logo no início, iniciando o DVD ou a fita com o filme em uma TV no mute, e despausando o CD quando o leão da MGM rugir pela terceira vez. (Note que em algumas versões do filme o leão é colorido. O leão em preto-e-branco é o correto para a sincronia). Deve ser posto em loop, sendo que o disco será tocado um total aproximado de duas vezes e meia para se encaixar com a duração do filme. Uma minoria de devotos afirmam que despausar o CD logo no primeiro rugido produz uma sincronia mais perfeita.

A maior parte dos usuários exploraram o fenômeno usando a cópia original ou o relançamento de 1994 do disco. A versão de 30º aniversário, de 2003, também pode ser usada. Note que a versão de 1994 de 20º aniversário do disco (a versão incluída no box Shine On) contêm várias alterações nas marcações de tempo das faixas, então essa versão não vai criar o efeito Dark Side of the Rainbow.

Outro fator que pode afetar a qualidade da sincronia é a versão do filme. A versão em NTSC, usada nos Estados Unidos, dura 101 minutos, enquanto a versão em PAL, usada na Europa, dura 98 minutos (devido ao sistema de transferência de 25 frames por segundo, ao invés de 24). A versão recomendada é a NTSC.

Coincidências

Alguns exemplos das coincidências entre as duas obras.

Áudio-visual

  • A introdução Speak to Me muda para Breathe de acordo com a mudança do nome nos créditos iniciais.
  • Breathe muda para On the Run quando Dorothy cai do muro.
  • A cauda do cachorro Toto se move conforme os ruídos em On the Run.
  • Quando Dorothy canta pela primeira vez no filme, ela olha para o céu enquanto são ouvidos sons de avião na música;
  • Os sons de relógios na introdução de Time começam a tocar assim que Elvira Gulch aparece na bicicleta, e cessam assim que ela desce da bicicleta.
  • The Great Gig in the Sky se inicia assim que o tornado se aproxima, e suas mudanças de ritmo combinam com o clima no filme.
  • Money tem início logo quando Dorothy abre a porta para o mundo de Oz, e o filme deixa de ser preto-e-branco e se torna colorido.
  • As bailarinas dançam ao ritmo de Us and Them.

Letras

  • Tia Em aparenta dizer "leave" ("parta") para Dorothy, ao mesmo tempo em que é dito o verso "leave, but don't leave me" ("Parta, mas não me abandone") em Breathe.
  • "Look around" ("Olhe ao redor") - Dorothy olha ao redor
  • "Dig that hole" ("Cave o buraco") - o fazendeiro aponta para o chão.
  • "Balanced on the biggest wave" ("Balançar-se na maior das ondas") - Dorothy se balança em um muro.
  • "Share it, fairly" ("Compartilhe, generoso") - um Munchkin dá flores para Dorothy.
  • "Moved from side to side" ("Se moveram de um lado para o outro") - os Munchkins correm de um lado para outro quando surge a Bruxa Má do Oeste.
  • "Black and blue" ("Preto e azul") - quando é dito "black", a bruxa é vista, e é feito um close em seu rosto azul quando é dito "blue".
  • "With... without" ("Com... sem") - Em "with", Dorothy está com Toto nos braços, e coloca-o no chão conforme é dito "without".
  • "home...home again" ("em casa...em casa de novo") - Quando Dorothy volta para casa.

A capa de Dark Side of the Moon consiste em um prisma sendo atravessado por uma feixe de luz branco - que, do outro lado do prisma, se

torna colorido. Esta pode ser uma referência ao fato do filme começar preto-e-branco e se tornar colorido.

A ilustração da capa do disco se refere ao fato do tema das músicas, que falam sobre o lado sombrio da mente: os problemas relativos à tempo, dinheiro, solidão e, principalmente, loucura. Muitas interpretações sobre à história original que deu origem ao filme sugerem que todos os acontecimentos ocorridos com Dorothy após sua casa ter sido erguida por um tornado foram alucinações por parte da garota. Há ainda quem afirme que Dorothy teria morrido durante a devastação causada pelo tornado, e todos os eventos na história são uma experiência de vida após a morte - ou "lado negro" da vida.

Variações do tema

A fama de "Dark Side of the Rainbow" levou à busca de outras sincronias envolvendo outros discos do Pink Floyd. Um grande número de sincronias foi encontrado - na verdade, praticamente todos os álbuns do Pink Floyd possuem ao menos um filme. Várias delas necessitam mudanças nas ordens das músicas, o que as deixam mais improvavéis de terem sido realmente planejadas. No entanto, fatos como a presença do disco da trilha-sonora de Gigi na capa de Ummagumma, seu álbum correspondente, são o mote de várias discussões e teorias.

À luz das descobertas de sincronias com os discos do Pink Floyd, outros trabalhos de outras bandas e artistas também tiveram alguns efeitos discutidos.Apesar de nenhum efeito descoberto possuir a mesma frequência de coincidências de The Dark Side of the Rainbow, o grande número de sincronias encontradas ajuda a comprovar que, de fato, a conexão entre Dark Side of the Moon e O Mágico de Oz pode ser tão apenas e simplesmente uma coincidência, pelo fato de existirem diversas ocorrências similares. Uma lista incompleta desses outros efeitos pode ser vista no artigo: Lista de discos que sincronizam com filmes.

Pra ver o filme tu precisa gostar de Pink Floyd... se não você achará uma chatice... Não seja tão cético... mas..., Dark Side é um álbum tão misterioso, psicodélico, e pode ser interpretado do jeito que tu quiser... é pior que a Bíblia!

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3 comentários :

  1. Parabéns Sr. Brankinho pelo entusiasmo, fôlego e competência..
    Achei Brilhante seu discernimento no que tange esta pesquisa, gostei bastante, já havia ouvido falar nesta sincronia que até o momento desconheço seu intuito e propósito. Como não acredito no acaso, espero por novas revelações, Forte Abraço e nos Vemos....

    antharia

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  2. Valeu!
    Claro que os Floyds podem ter feito pensando nisso... mas foram 15 anos depois do lançamento que foram descobrir...
    E tanto o filme quando o álbum é "sinistro" e psicodélico, juntos então é muito mais!

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  3. Hahahaha... ´´...é pior que a Bíblia!...´´ foi p'ra encerrar o assunto mesmo...!



    ...beleza! Na verdade, carecia de tu já teres feito este post há tempos, não concordas?

    ...Hehehe...com a palavra, a galera...

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